Israel

GUERRA DE INDEPENDÊNCIA (1948-1949)


 Em 15 de Maio, um dia depois da criação do Estado de Israel, os países árabes Egito, Síria, Jordânia, Arábia Saudita e Líbano invadiram o recém-criado estado judeu. No dia anterior fora tomada nas Nações Unidas uma decisão, encabeçada pelo brasileiro Osvaldo Aranha, que dividia a Palestina em dois países, um judeu e outro palestino.As forças armadas dos países árabes eram muito maiores e muito melhor equipadas que as de Israel. Apesar disso, os exércitos árabes tinham problemas em organizar e coordenar seus batalhões, muito porque cada país queria anexar partes da Palestina para seus estados, criando rixas internas. Apesar de estar em pequeno número, o exército israelense era bem-organizado, tinha alguns integrantes que vinham de grupos como o Irgun e o Haganá, onde haviam recebido treinamento, mas principalmente tinha uma força de vontade gigante e estava disposto a qualquer coisa para manter seu recém-conquistado estado.

            Os estados árabes pediram então para a população árabe da área para se retirar, para facilitar a passagem de tropas e impedir que eles se ferissem, sob a promessa de que após terem conquistado toda Palestina, a entregariam ao povo.

            A guerra foi marcada por longos períodos de confronto e outros longos períodos de cessar-fogo temporário. A guerra acabou finalmente em 1949, quando Israel estava em posse dos 14.500 km² que lhe haviam sido prometidos pelo plano da partilha e mais  6.500 km² que pela partilha era parte do estado árabe, que foi por eles renunciado ao declarar guerra. A Transjordânia ficou com o lado leste de Jerusalém, inclusive a cidade velha, a Samária e a Judéia (atual Cisjordânia) e o Egito ficou com a Faixa de Gaza.

Mapa da Partilha: verde para os Israelenses; vermelho para os árabes.

De janeiro a julho de 1949 foram assinados armistícios com o Egito, o Líbano, Jordânia e Síria, baseados em como estavam os territórios quando acabaram os confrontos. Esses acordos criaram as fronteiras do novo Estado de Israel. Essas fronteiras continham territórios que originalmente pertenceriam ao estado árabe imaginado pelas Nações Unidas, se os mesmos não tivessem declarado guerra a Israel. Israel imaginou que o armistício logo levaria a uma paz definitiva.            

    Os estados árabes, porém, se recusaram a reconhecer a existência de Israel e negociar a paz permanecendo com um fraco cessar-fogo. Eles continuaram o boicote econômico, político, social e cultural a Israel que havia sido estabelecido pela liga árabe em 1945. O boicote econômico proibia que pessoas, companhias, e estados árabes, fizessem negócios com empresas israelenses e com outras companhias que negociassem com empresas israelenses. Alguns líderes de países árabes tentaram fazer negociações secretas com Israel. Tragicamente, alguns deles foram assassinados, como o Rei Abdullah da Jordânia, que foi assassinado, em Jerusalém, em 1951.

            Israel ofereceu tempo para os refugiados palestinos voltarem, mas a maioria deles ficou nos países árabes para onde tinham fugido. A maioria dos países árabes ofereceu pouca ajuda aos palestinos, que se tornaram refugiados após a guerra. Somente a Jordânia ofereceu cidadania aos árabes palestinos. Campos de refugiados foram criados e mantidos pelas Nações Unidas.

Mapa da fronteira pós guerra de independência

Para saber mais: http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/History/1948_War.html