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A 3ª ALIÁ (1919-1923)


A 3ª Aliá, a partir de 1919, foi em parte uma continuação da 2ª, que fora interrompida pela guerra. Um ímpeto renovado - causado pelas conseqüências da Revolução Bolshevique [Russa], pelos pogroms na Ucrânia no após-guerra e pela influência das lutas nacionais na Europa - coincidiu com a renovação da esperança, inspirada pela Declaração Balfour e pelo início da administração britânica na Palestina. O caminho do oeste, em direção aos Estados Unidos, ainda estava aberto, e muitos dos que escolheram emigrar à Terra de Israel o fizeram por causa de suas convicções sionistas.

    Ao todo, a 3ª Aliá trouxe 35.000 imigrantes: 53% da Rússia, 36% da Polônia e os demais da Lituânia, Romênia e outros países da Europa Oriental; chegaram também 800 judeus da Europa Central e Ocidental. Muitos dos recém-chegados eram membros dos movimentos Hechalutz, na Rússia e Polônia, e Hashomer Hatzair, na Galícia.

    Estes jovens pioneiros constituíram uma força criativa, que transformou o caráter do Ishuv e, juntamente com seus predecessores da 2ª Aliá, desempenharam um importante papel na liderança. Eles fundaram a Histadrut (a organização geral dos trabalhadores); estavam entre os criadores da organização de defesa Haganá; foram os operários que construíram casas, estradas e o início da indústria; e fortaleceram as bases da agricultura judaica. A 3ª Aliá expandiu também o mapa do povoamento judaico, estabelecendo muitos kibutzim , como:

    Ein Charod, Gueva, Tel Iossef, e Beit Alfa no Vale de Jezreel; Kiriat Anavim, nas proximidades de Jerusalém; assim como alguns moshavim, entre os quais: Nachalal, Kfar Iechezkiel, Tel Adashim e Balfouria.