Biografias

SHIMON PERES


        

        Shimon Peres – servidor público, parlamentar e o oitavo primeiro-ministro do Estado de Israel – nasceu em Vishniev, Bielorússia em 1923 e imigrou para a Palestina com  a sua família quando tinha 11 anos. Ele cresceu em Tel Aviv e cursou a escola agrícola em Bem Shemen.

         Peres passou vários anos nos Kibutzim Geva e Alumot, esse último que ele mesmo foi fundador e em 1943 foi eleito Secretário do Movimento Juvenil Trabalhista-Sionista. Em 1944, ele voltou ao Kibutz Alumot, onde ele trabalhou como agricultor e pastor.

          Em 1947, depois de ser convocado por Ben-Gurion e Levi Eshkol para o Exército de Defesa de Israel, Shimon Peres foi indicado para cuidar dos recurso humanos e as armas, atividade que cumpriu durante o início da Guerra de independência. Um ano depois, em 1948, Shimon Peres foi indicado como Capitão da marinha israelense e no final da guerra, assumiu a posição de Diretor da Comissão do Ministério da Defesa nos Estados Unidos. Enquanto nos Estados Unidos, ele estudou na Escola de Nova Iorque para Pesquisa Social e em Harvard.

           Em 1953, com 29 anos, Peres foi apontado pelo  Primeiro Ministro Ben-Gurion para o posto de Diretor Geral do Ministério da Defesa, uma posição que ele manteve até 1959. Durante esse período, ele moldou as relações especiais entre Israel e a França, e desenvolveu as indústrias de eletrônicos e aviação, assim como um programa nuclear.

          Em 1956, Shimon Peres foi o mentor da Campanha do Sinai.

          Em 1959, Peres foi eleito para o Knesset, o parlamento de Israel e permaneceu membro desde lá. Em 1965 junto com Ben-Gurion ele saiu do Partido Trabalhista de Israel (Mapai) e tornou-se Secretário Geral do Rafi ( Lista dos Trabalhadores Israelenses). Em 1967, ele articulou uma união entre Rafi e Mapai e formou o Avodá (Partido Trabalhista).

          Em 1969, Shimon Peres tomou o cargo de Ministro da Absorção de Imigrantes, assim como tomou a responsabilidade de desenvolver os territórios ocupados na Guerra de 1967. Desde 1970 até 1974, ele serviu de Ministro dos Transportes e Comunicação. Em 1974, após trabalhar algum tempo como Ministro da Informação, no governo de Golda Meir, Peres foi apontado Ministro da Defesa, substituindo Moshe Dayan, cargo que ele ocupou até 1977.

          Enquanto Ministro da Defesa, ele revitalizou e fortaleceu o Exército de Defesa de Israel e participou das negociações do segundo acordo interino com o Egito. Ele estava por trás em 1976 da Operação Entebbe, para resgatar um avião seqüestrado por terroristas que estava preso em Uganda com 105 israelenses e começou com uma política de boa-vizinhança, desenvolvendo uma boa relação com os residentes do Sul do Líbano ( ver Guerra do Líbano).

          Peres passou rapidamente pelo cargo de Premier depois da renúncia de Rabin em 1977. Depois da derrota do Avodá nas eleições gerais de 1977 – depois de trinta anos de hegemonia política – Peres foi eleito presidente do partido, posto que ele ocupou até 1992. Durante esse período ele também foi eleito vice-presidente da Internacional Socialista.

          Peres propôs o estabelecimento de um Governo de União Nacional depois das eleições de 1984. Peres teve dois mandatos não-consecutivos como Primeiro-ministro. Seu primeiro mandato foi de 1984 até 1986, baseado num sistema rotatório arranjado pelo líder do Likud, Ytzhak Shamir. De 1986 até 1988, ele foi assistente do Primeiro-Ministro e Ministro das Relações Exteriores, e de novembro de 1988 até a dissolução do Governo de União Nacional, como Ministro das Finanças. Ele focalizou sua energia na economia que decaía e na complexa situação decorrente da Guerra do Líbano. Com o suporte do Sindicato dos Trabalhadores (Histadrut), obteve sucesso na difícil empreitada em busca de reduzir a inflação anual de 400% para 60%. Peres também foi fundamental para a retirada das tropas do Líbano e para o estabelecimento de uma área de segurança no sul desse país.

          Depois que o  Avodá retornou ao poder, como resultado das eleições de 1992, Shimon Peres foi mais uma vez indicado para Ministro das Relações Exteriores. Ele começou e conduziu as negociações que levaram a assinatura da Declaração dos Princípios com a OLP em setembro de 1993, e por isso ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1994 junto com Rabin e Arafat. Negociações seguintes com os palestinos trataram da retirada israelense de Gaza e algumas áreas da Cisjordânia e o estabelecimento de uma limitada autonomia palestina, como foi decidido no Acordo Interino.

          Em outubro de 1994, foi assinado um tratado de paz com a Jordânia. Após isso, Peres tentou melhorar as relações com outros países árabes no Norte da África e também no Golfo Pérsico – parte de sua visão de um novo “Oriente Médio”.

          O segundo mandato de Peres como primeiro-ministro veio em conseqüência do assassinato de Ytzhak Rabin em 4 de novembro de 1995. O partido trabalhista escolheu Peres como sucessor de Rabin e o Knesset confirmou a decisão em um voto de confiança, apoiada pela situação e pela oposição.

          Também assumiu o Ministério da Defesa, ocupando o cargo de ministro por 7 meses, até as eleições de Maio de 1996. Durante esse período Peres lutou para manter em andamento o processo de paz, apesar de uma onda de ataques terroristas de homens-bomba palestinos contra civis israelenses.

          Em maio de 1996, houveram eleições gerais, onde o Avodá foi derrotado pelo Likud.

          Então em 1996 ele criou o “Centro Peres para a Paz”. A missão do centro era ajudar a construção de uma infraestrutura para a paz e auxiliar também o desenvolvimento sócio-econômico do povo do Oriente Médio, enquanto avançam com cooperação e entendimento mútuo. Suas principais ações são projetos cooperativos entre israelenses e parceiros árabes nos campos da economia, cultura, educação, saúde, agricultura e mídia.

          Peres continuou como presidente do Avodá até um ano depois da derrota nas eleições.

          De 1996-1999, ele serviu como membro do departamento de Relações Exteriores e do de Defesa do Knesset. Também em 1999, ele foi declarado presidente honorário da Internacional Socialista.

          Peres foi Ministro da Cooperação Nacional de julho de 1999 até março de 2001, e em março de 2001 foi apontado como Ministro das relações exteriores e auxiliar do Premier, no governo de união nacional liderado por Sharon, até outubro de 2002 quando renunciou junto com os outros ministros trabalhistas. Em janeiro de 2005, Shimon Peres assumiu como Vice-Premier. Em 2007, foi eleito Presidente de Israel e se tornou o primeiro político israelense a discursar perante a legislatura de um país muçulmano, quando se dirigiu à Grande Assembléia Nacional da Turquia, em 13 de Novembro do mesmo ano.

            Shimon Peres escreveu dez livros, incluindo The Next Step (1965); David's SlingEntebbe Diary (1991), The New Middle EastFor the Future of Israel  e Battling for Peace; A Memoir.

            Shimon Peres é casado com Sonya Gelman Peres e tem uma filha (Zvia), dois filhos ( Yonathan e Nehemia) e seis netos.