Biografias

GOLDA MEIR (1898-1978)


        

    Golda Meir nasceu em Kiev, em 1898. Dificuldades econômicas forçaram sua família a emigrar para os Estados Unidos, aonde se assentaram em Milwukee, no estado de Winsconsin. Durante o ensino médio ela juntou-se ao grupo sionista Poalei Tzion (trabalhadores de sião). Golda Meir imigrou para a palestina britânica em 1921 com seu marido, Morrus Myerson, e se assentou no Kibutz Merhavya. Quando mudou-se para Tel-Aviv, em 1924, tornou-se oficial da Histadrut (organização que funcionava quase como um Estado para os judeus) e serviu em um posto de direção da corporação de construção da Histadrut, Solel Boneh. Entre 1932 e 1934, Golda Meir trabalhou como emissária nos Estados Unidos, como secretária da organização feminista Hechalutz. Tornou-se, também, secretária do Comitê de Ações da Histadrut e mais tarde de sua seção de políticas.

        Quando as autoridades inglesas na palestina prenderam a maioria das lideranças importantes da comunidade judaica, em 1946, Golda Meir substituiu Moshe Sharett no cargo de líder do Departamento de Política da Agência Judaica, o maior órgão de contato dos judeus com os britânicos. Eleita para o setor executivo da Agência Judaica, arrecadou fundos nos Estados Unidos para cobrir os gastos com a Guerra de Independência de Israel e tornou-se um dos melhores representantes de Israel.

        Em 1948, David Ben-Gurion indicou Golda para integrar o governo provisório. Poucos dias antes da Declaração de Independência, Ben-Gurion enviou-a disfarçada de árabe em uma perigosa missão para persuadir o rei Abdullah da Jordânia a não atacar Israel. Mas o rei já havia decidido que seu exército invadiria o estado judeu logo após a saída dos ingleses.
      
        Em junho de 1948, Meir foi indicada para o cargo de embaixadora de Israel na União Soviética. Eleita para o Knesset pelo Mapai (partido trabalhista), em 1949, serviu como ministra do trabalho e da Segurança Nacional até 1956. Em junho de 56 tornou-se Ministra do Exterior, cargo que ocupou até janeiro de 1966. Como Ministra do Exterior, Golda Meir foi a arquiteta da tentativa de Israel de criar pontes para os países emergentes africanos através de um programa de assistência baseado em experiências práticas de Israel em construção de nações. Ela também solidificou as relações com os Estados Unidas e teve sucesso em criar extensas relações bilaterais com países Latino Americanos.

        Entre 1966 e 1968, Golda Meir serviu como secretária geral do Mapai e depois com primeira secretária do recém formado Partido Trabalhista. Quando o premier Levi Eshkol morreu repentinamente no começo de 1969, Meir, com 71 anos, assumiu o posto de premier, tornando-se a terceira primeira ministra do mundo. (Após Sirimavo Bandaranaike, no Sri Lanka e Indira Gandhi, na Índia).

         Como primeira ministra, ela herdou de Eshkol a administração do segundo Governo de Unidade Nacional, mas isto rompeu-se devido à questão referente a continuação do cessar-fogo com o Egito e a ausência de um tratado de paz. Ela continuou no cargo com os partidos Trabalhista, Mapam, o Nacional-Religioso e o Liberal-Independente.

        O evento mais importante de sua administração foi a Guerra do Yom Kipur, que iniciou com ataques coordenados do Egito e da Síria contra Israel, em 6 de Outubro de 1973. Como a Comissão Agranant de Inquérito pós-guerra estabeleceu, as Forças de Defesa de Israel e o governo erraram gravemente em seu julgamento das intenções Árabes.

        Apesar de Golda Meir e o Partido Trabalhista terem ganho as eleições (adiadas por causa da guerra), ela renunciou em 1974 e Yitzhak Rabin assumiu. Golda Meir morreu em Dezembro de 1978 e foi enterrada no Monte Herzl em Jeruslém.