Biografias

YITZHAK RABIN (1922-1995)



        Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém, em março de 1922. Seu pai, Nehemiah, tinha imigrado para Israel dos Estados Unidos, e na 1a Guerra Mundial serviu como voluntário na Legião Judaica. Sua mãe, Rosa, foi uma das primeiras participantes da Haganá, a principal organização de defesa judaica na época.

            Após completar sua educação com distinção, Rabin se voluntariou para o Palmach, a unidade de comando da comunidade judaica. Ele serviu no Palmach e no Exército Isralense por 27 anos, fechando sua carreira militar como Chefe do Departamento.

             Aposentou-se do Exército de Defesa de Israel em 1o de janeiro de 1968 e foi nomeado embaixador de Israel nos Estados Unidos, onde promoveu aliança entre os dois países.

            Rabin voltou a Jerusalém na primavera de 1973, e tornou-se ativo no Partido Trabalhista Israelense (Avodá). Nas eleições de dezembro de 1973, que seguiram a Guerra de Iom Kipur, ele foi eleito para o Knesset e quando Golda Meir formou seu governo em Abril de 1974, ele foi apontado como ministro do trabalho. Esse governo renunciou logo e em 2 de Junho de 1974, o Knesset votou em um novo governo, liderado por Yitzhak Rabin.

            Como primeiro-ministro, Rabin deu ênfase especial no melhoramento da economia, resolvendo problemas sociais e fortificando o Exército. Com mediação americana, Rabin concluiu um acordo interino com o Egito em 1975. Como resultado desse acordo, o primeiro “Memorando de Compreensão” foi assinado entre o Governo Israelense e os Estados Unidos.

            Em Junho de 1976, o governo de Rabin ordenou a Operação Entebbe, para resgatar um avião seqüestrado por terroristas que estava preso em Uganda com 105 israelenses.

            Seguindo a derrota do Avodá nas eleições de maio de 1977, Rabin serviu como membro do Knesset na oposição, e foi membro do departamento de relações exteriores e defesa do Knesset, até a formação do Governo da União Nacional, de setembro de 1984 a março de 1990.

            De 15 de março de 1990 a 23 de Junho de 1992 Rabin participou da política israelense como membro da oposição no Knesset. Antes das eleições de 1992, o Partido Trabalhista de Israel fez suas primeiras pimárias nacionais. Rabin foi eleito presidente do partido e em junho, nas eleições nacionais, foi eleito Primeiro Ministro, tornando-se também Ministro da Defesa.

            Em 13 de setembro de 1993 Rabin e o presidente da OLP, (Organização para Libertação da Palestina) Yasser Arafat, assinaram a Declaração dos Princípios Israelense - Palestino, em Washington, dando início a um projeto de paz e autonomia com os palestinos.

            O primeiro acordo, sobre Gaza e Jericó, foi assinado no Cairo em 4 de Maio de 1994, que significou a implementação do primeiro estágio da Declaração dos Princípios.

            Em 26 de outubro de 1994, o acordo de paz entre Israel e Jordânia foi assinado por Rabin, em Aravá, na fronteira, na presença do rei Hussein da Jordânia e do Presidente Clinton dos Estados Unidos.

            Devido ao progresso das negociações com os Palestinos, Rabin recebeu o Prêmio Nobel de 1994, junto com o ministro das relações exteriores de Israel Shimon Peres e o presidente da OLP Yasser Arafat.

            Em setembro de 1995, Rabin assinou o acordo de entendimento Israelense-Palestino, expandindo a autonomia Palestina na Cisjordânia e Faixa de Gaza, inclusive permitindo uma autoridade eleita e um Conselho Palestino.

            Em 4 de Novembro de 1995, Ytzhak Rabin foi assassinado por um judeu extremista numa praça no centro de Tel Aviv, logo após de ter discursado, numa manifestação sob o ideal “Sim à paz, Não à violência”. Seu corpo está enterrado no Monte Herzl em Jerusalém.