Biografias

BARUCH SPINOZA (1632-1677)


      

      O filósofo judeu Baruch Spinoza nasceu no ano de 1632, na Holanda. Filho de judeus portugueses que fugiram das perseguições em Portugal, tem sua mãe morta quando tinha apenas seis anos. Com a morte do pai, em 1654, Spinoza assume os negócios da família, recuperando-os da falência junto com seu irmão e dando-os, mais tarde, à sua irmã.

            Nos anos 1650, Spinoza estuda latim, matemática, astrologia, medicina e física com um jesuíta que muito influenciaria seus pensamentos: Van den Ende. Posteriormente, apesar de ter sido criado para ser rabino, entra em um conflito de idéias com a ortodoxa e rigidamente dogmática comunidade judaica holandesa. Como se recusou a se retratar por suas idéias racionalistas que desagradavam a crença e o pensamento da comunidade, acaba sendo expulso desta. Devido a esses conflitos, sofre uma tentativa de assassinato por um judeu fanático que tenta esfaqueá-lo, sem sucesso.

            O filósofo holandês dedicou toda sua vida à meditação filosófica e à redação de suas obras. Ao morrer, em Haia, no ano de 1677, suas economias não bastaram para pagar as custas de seu funeral.

Considerado um dos principais filósofos de todos os tempos, o pensador judeu seguiu os passos do francês Descartes, tornando-se um grande expoente do racionalismo. Segundo Spinoza, há uma única, verdadeira e própria substância: a divina. Para ele, tudo o que existe é D’us. Quanto ao homem, Spinoza afirmou que este é escravo de suas paixões e que, para se libertar das paixões, o homem depende do conhecimento racional.

Para provar suas teorias, Spinoza desenvolveu um método que usava geometria, axiomas e lógica, esperando torná-las incontestáveis; no entanto, freqüentemente, seus argumentos são considerados pouco convincentes. Durante o iluminismo, suas idéias e métodos foram ridicularizados, mas, durante o Romantismo, devido à identificação de D’us com a natureza, foram muito valorizadas.

            A principal obra desse autor é a “Ética”. Seus pensamentos foram estudados por muitos filósofos e pensadores que o sucederam, entre eles Kant e Goethe.

            Spinoza, principalmente em sua época, foi acusado de ser ateu. No entanto, o que para muitos não fica claro é que ele sim acreditava em D’us, mesmo tendo uma diferente e inovadora concepção Deste.

            Fontes: www.mundodosfilosofos.com.br/spinoza
                        www.jewishvirtuallibrary.org