Biografias

ANNE FRANK (1929-1945)



        Anne Frank nasceu em Frankfurt, Alemanha, em 1929. Quatro anos após seu nascimento, em 1933, o Partido Nazista, liderado por Adolf Hitler, assume o poder no país. No mesmo ano, seus pais, Otto e Edith, percebem que a vida para eles não seria fácil na Alemanha e fogem para Amsterdã, Holanda. Até os onze anos, Anne é criada de forma tranqüila e segura nos Países Baixos, o que mudaria no ano de 1940: a Alemanha nazista invade a Holanda e, com a queda do país, cai também a proteção que este representava.

         A vida de Anne vai ficando cada vez mais difícil com os decretos anti-semitas vigorando também na Holanda. Em 1942, os judeus começam a ser chamados para os campos de trabalho de Westerbork. Uma recusa a esses chamados faria com que a pessoa fosse mandada para campos de concentração. Dessa forma, a maioria dos judeus atende ao chamado, uma vez que sair da Holanda também era quase impossível por seus vizinhos também estarem ocupados.

            A solução para alguns judeus foi esconder-se com a ajuda de não-judeus. O pai de Anne consegue esconderijo no anexo de seu escritório de trabalho e, em 6 de Junho de 1942, eles vão para o anexo. Os pais de Anne escondem dela enquanto possível sua real situação, mas, passados alguns dias escondidos, o pai de Anne revela a ela toda a verdade.

            Inicialmente, Anne vê o esconderijo como uma grande aventura, mas, com o tempo, ela vê o quão grave é sua situação e de sua família. Durante dois anos, ela escreve quase todos os dias em seu diário. Ela tenta descrever, o máximo possível, a vida cotidiana da casa de trás e as notícias que chegam de fora. Às vezes, acontecem casos emocionantes para relatar, como bombardeios e tentativas de assaltos no meio da noite. Durante a narrativa, Anne consegue comentar de forma acertada as transformações de cada um dos que estão escondidos com ela, com sinceridade e até irreverência em algumas ocasiões. Descreve as coisas com seu espírito crítico; não somente as alheias, mas também as próprias.

            Em 4 de Agosto de 1944, o anexo secreto é descoberto pela polícia. Anne e os outros sete judeus que lá se escondiam são presos e enviados para campos de concentração. Anne é enviada para o campo de Westerbork. Depois, todos os integrantes do anexo são enviados para Auschwitz, na Polônia. Depois de um mês em Auschwitz, o mais temido campo de concentração nazista, Anne e sua irmã, Margot, são enviadas para o campo de Bergen-Belsen, onde, diariamente, um grande número de pessoas morre de fome ou por doenças.

            Anne e Margot contraem tifo, que leva ambas as irmãs à morte em Março de 1945, poucas semanas antes da libertação do campo. O único dos oito integrantes do anexo a sobreviver é o pai de Anne, Otto. Após o fim da Guerra, o diário de Anne é entregue a Otto, que faz alguns cortes e publica-o, inicialmente, com o título de “O Anexo Secreto”. Posteriormente, o livro receberia o nome de “O Diário de Anne Frank”, que se torna um best-seller e, mais do que isso, um documento histórico.

            Hoje, o anexo é parte de um Museu em Amsterdã: a Casa de Anne Frank.